Há cinco anos passados eu vi um vídeo na rede social onde apresentava duas meninas em um brinquedo de parque de diversões, não sei dizer o nome do brinquedo pois não o conheço.
Naquele momento eu achei muito engraçado e ri muito.
Porém, hoje ao rever este vídeo não achei graça, não ri, ao invés disso senti dó das meninas.
Fiquei focado no diálogo que elas mantiveram durante a aventura, conforme segue:
-"Eu te amo" - uma dizendo para a outra;
-"Marrone estamos preparadas" - uma delas diz a uma terceira pessoa;
- "Eu te amo Kanya, eu sempre..." - aí não dá tempo para terminar a frase, o brinquedo entra em funcionamento.
Vemos a situação de terror na expressão facial das meninas.
Analisando os diálogos, percebemos que tudo parecia perfeito, reafirmavam os laços de uma grande amizade, diziam estar preparadas, mas mal sabiam o que estava por vir.
Muitas vezes nos deparamos com o desconhecido, achamos que estamos preparados, pensamos ser bom, atrativo, cheio de brilhos, maravilhoso aos olhos de quem o vê, mas podemos estar iludidos.
Vejamos mais alguns trechos do diálogo, agora, durante a "diversão":
"Mãe" - chamam por socorro;
- "Deus piedade" - imploram por ajuda de Deus;
- " Mãe prometo nunca mais fazer... (não sabemos o que) - demonstra arrependimento;
- "Deus por favor me tire dessa coisa"- novamente imploram por ajuda de Deus;
- "Você é minha melhor amiga, se eu morrer diga a minha mãe que eu a amo" - coisas que talvez não tenham sido dita antes;
- "Querida se você morrer eu vou morrer também" - consciência de que partilham a mesma situação.
Não é difícil tirarmos conclusões dos últimos diálogos. Está claro que quando estamos em apuros buscamos ajuda de Deus e daqueles que estão próximos. Percebemos que entrar em campos desconhecidos podem nos trazer sucesso ou o insucesso.
Acho que as meninas experimentaram o desconhecido, entenderam que não estavam preparadas coisa nenhuma, e também acho que nunca mais sentarão em uma cadeira daquelas.
O melhor de tudo foi o que eu senti revendo isso. Não achei graça como da vez anterior, o que senti foi dó das meninas, entendi que nem sempre o que "parece bom" na verdade o é. Percebi que declarações de amor a quem amamos não precisa esperar pela nossa "ultima hora"; talvez eu tenha amadurecido e esse amadurecimento me fez substituir a forma superficial por uma forma mais profunda sobre o assunto, vendo com mais reflexão e aprendizado, o que me faz concluir que, realmente, nem toda felicidade aparente é uma felicidade plena.
Por Elio Silva em 07/06/2020
Felicidade Aparente!
Reviewed by ELIO SILVA
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6/07/2020
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