Minas Gerais.

Oh!
Minas Gerais.

No café desta manhã, lá estava um pedacinho dele, o queijo que eu trouxe de Minas Gerais, improvisadamente estava dentro da boleira. Após saboreá-lo com café e pão francês, fiquei olhando para ele e me veio à lembrança os três dias em que eu, minha filha e meu filho estivemos em terras mineiras. Lembrei-me da paisagem que víamos pelo caminho, da passagem limítrofe entre os dois estados (SP-MG) e das majestosas montanhas.

Eu nunca havia estado no Estado de Minas Gerais e, como que uma criança, meus olhos corriam de um lado para o outro na busca de captar todas as cenas e cada detalhe. Viajamos cerca de quatro ou cinco horas até que chegamos a cidade de Cássia-MG, ali atravessamos de balsa a Represa do Peixoto, no Rio Grande, uma travessia de 1.300 metros, este foi o marco inicial da nossa aventura.

Já em Delfinópolis, do outro lado do lago, dava para ver as montanhas do Parque Nacional da Serra da Canastra. Optamos por Áreas de Camping. Durante esses três dias fizemos uma experiência nômade, pois a cada dia mudávamos de local; quem já esteve por lá sabe muito bem que quanto mais se andar, mais se aproveitará do passeio. Montanhas, vegetação abundante, trilhas e cachoeiras em cada novo lugar e, na medida em que caminhávamos, aparecia-nos uma nova e bela Obra de Arte da natureza.

Estivemos na “Pousada Serra Alegre”, na “Cachoeira do Carlinhos” e por último nas “Cachoeiras do Ézio”; como disse meu filho:

__ Pai, este local é para fecharmos o passeio com “chave de ouro”!

E assim foi. Em todos os lugares fomos muito bem acolhidos, mas vale destacar o último, as “Cachoeiras do Ézio”. Lá nós pudemos conhecer, pelo menos, dez cachoeiras e subir até o ponto mais alto da montanha. Também tem a pessoa do Sr. Ézio, um mineiro simples, carismático e de conversa agradável que vive naquele lugar fazendo o que gosta: o turismo e a preservação da natureza. As águas das suas terras são transparentes; antes de partir tive a oportunidade de uma boa conversa com ele.

Voltando ao presente, à mesa do café da manhã, ao ver o restinho do queijo mineiro eu pude refazer aquela viagem nas estradas e nas trilhas da minha mente, revivi a passagem pelas montanhas, pelas trilhas e pelas cachoeiras, visualizei as belezas daquele lugar. O queijinho mineiro vai acabar e logo, mas o gosto, as lembranças e o Estado de Minas Gerais permanecerão para sempre na minha memória, aliás, ainda há muito o que relatar.
Finalizando, é como diz a música:
"Oh! Minas Gerais, Quem Te Conhece não esquece jamais".