PIB – Produto interno Bruto IV





PIB – Produto interno Bruto de um país IV

Carga tributária em relação ao PIB

Produto Interno Bruto (PIBbrasileiro cresceu 1,1% em 2018, na segunda alta anual consecutiva após 2 anos de retração. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB em 2018 totalizou R$ 6,8 trilhões.28 de fevereiro de 2019

Fonte: IBGE 

Valores correntes: A expressão valor corrente quer dizer que determinado valor está expresso exatamente com os números que ele tinha na época em que foi registrado segundo o IPEA.
A cobrança de impostos é, na prática, uma coleta de dinheiro feita pelo governo para pagar suas contas. Uma forma de medir o impacto dessa coleta é compará-la com o Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, a soma das riquezas produzidas pelo país em um ano. Essa relação entre impostos e PIB é chamada de carga tributária.
O peso dos tributos sobre a economia subiu no ano passado. Em 2018, a carga tributária equivaleu a 33,58% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país), segundo estimativa divulgada pelo Tesouro Nacional.
Em 2017, a carga tributária, conforme a metodologia usada pelo Tesouro, tinha ficado em 32,62%. O indicador é o maior desde 2010, quando o órgão começou a calcular a estimativa.
O número oficial da carga tributária só será calculado pela Receita Federal em outubro e divulgado próximo do fim do ano. No entanto, o Tesouro precisa fazer um cálculo preliminar em março para repassar os dados à Controladoria-Geral da União (CGU), que usa a carga tributária para avaliar as contas do presidente da República.
Segundo o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, que apresentou a estimativa, a carga tributária decorreu da recuperação da economia. Isso porque, no ano passado, a arrecadação cresceu acima do PIB não apenas na União, mas nos estados. “Os dados mostram que a arrecadação está se recuperando e que o problema fiscal do Brasil está claramente ligado à despesa”, declarou.
A carga tributária subiu nos três níveis de governo. No Governo Central, passou de 22,13% para 22,66%. Nos estados, subiu de 8,42% para 8,65%. Nos municípios, aumentou de 2,06% para 2,27%.
Na esfera federal, os principais tributos que impulsionaram a carga tributária foram o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), com acréscimo de 0,23 ponto percentual; o Imposto de Renda Retido na Fonte, com impacto de 0,13 ponto percentual; e o Imposto sobre Importação, com efeito de 0,1 ponto percentual.
Nos estados, a carga tributária foi influenciada pelo aumento das receitas do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), com 0,24 ponto percentual. Nos municípios, os principais responsáveis foram o Imposto sobre Serviços (ISS), 0,11 ponto; e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), com 0,08 ponto.
Isso significa que os cofres públicos recebem um valor que equivale a mais de um terço do que o país produz.
Esses recursos deveriam voltar para a sociedade em forma de serviços públicos. Mas muitas vezes os cidadãos, além de pagar impostos, pagam do bolso por serviços de educação, saúde e segurança. Ou seja, a renda disponível para consumo é ainda menor do que a carga tributária dá a entender. 
O sistema tributário brasileiro enfatiza sobremaneira os impostos indiretos que representam mais de 51% da carga tributária bruta total. A insistência do país em impostos sobre bens e serviços (impostos indiretos)
Impostos indiretos são os impostos “invisíveis” que pagamos por cada produto ou serviço que consumimos, em detrimento de impostos sobre a renda e a propriedade (impostos diretos).
Isso sabota a aplicação real do princípio de capacidade contributiva, resultando em um sistema regressivo no qual famílias de renda proporcionalmente menor financiam uma maior fatia do Estado.


A carga tributária é maior para quem ganha um ou dois salários mínimos (45% do salário) e imensamente menor para quem ganha mais de 30 salários mínimos (20% do salário)
Como o cálculo da carga tributária de um país é feita pela média, consta que a carga tributária brasileira é de 33,58%, não levando em conta que os mais pobres, com salários menores, pagam uma tributação muito maior que os mais ricos.
Por quê?
Na verdade, os tributos embutidos são os mesmos, a grande diferença está justamente no maior valor do salário recebido.
Quem ganha até 2 salários mínimos utiliza todo seu rendimento para manter a família.
Quem ganha 10 salários mínimos pode utilizar até quatro salários para a manutenção da família e ainda assim sobrará grande parte como poupança. Essa poupança não tem incidência de impostos indiretos, ao contrário, se aplicado, gera renda.
Essa inquietante característica nacional à luz da evolução dos sistemas tributários mostra que a legislação tributária brasileira sofre com graves limitações técnicas relativas à aplicação de impostos mais eficientes e igualitários sobre propriedade e renda.
Os impostos são cobrados pelas três esferas de governo. Cada uma segue leis que delimitam as alíquotas que devem ser aplicadas sobre cada produto ou serviço.

Exemplo: o governo federal cobra o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Ele tem dezenas de alíquotas. Em uma máquina de lavar roupas, o IPI é de 20%, enquanto as roupas são isentas desse tributo.

Raciocínio parecido vale para serviços essenciais como fornecimento de energia elétrica e água. No caso da energia, o ICMS, um imposto estadual, é de 29%, enquanto a telefonia paga 27%.

 Dias trabalhados para pagamento de impostos

De acordo com o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, o brasileiro precisa trabalhar 149 dias por ano - o equivalente a quatro meses e 29 dias – apenas para sustentar a carga tributária imposta pelos governos federal, estadual e municipal.
Além do Imposto de Renda, do INSS, das contribuições sindicais e dos tributos sobre o consumo, já incluídos nos preços de produtos e serviços, entram nessa conta impostos como IPTU e IPVA e as inúmeras taxas como coleta de lixo, emissão de documentos e iluminação pública.
Por Aparecida Coslop em 19/05/2019
Nota:Nota:
Aparecida Coslop é  Funcionária Pública Aposentada (S.Paulo - Capital,  e-mail: acoslop8@gmail.com)
- Fotografias: Internet
Texto cedido pela autora
- Fonte Bibliografia:
 -IPEIA
 -A sombra do imposto
 -Agência Brasil
 -IG economia
 -IBPT
PIB – Produto interno Bruto IV PIB – Produto interno Bruto IV Reviewed by ELIO SILVA on 5/19/2019 Rating: 5

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