A
Origem do Dinheiro I
Escambo
A moeda como
conhecemos hoje não existia. Ela é o resultado e uma longa evolução do que se
convencionou chamar de Mercado Financeiro. No início praticava-se o escambo,
simples troca de uma mercadoria por outra, não havendo equivalência de valores.
Nessa época as pessoas vivam em tribos ou grupos.
Supomos que uma pessoa precisasse de peixe, em contrapartida
tinha uma certa
quantia excedente de milho.
Assim uma pessoa
tinha excedente em milho a outra tinha excedente em peixe.
Dessa forma era
possível trocar o milho pelo peixe e ambos os grupos agora tinham o necessário
para a alimentação.
Escambo
Essa forma de
comércio foi dominante no início da civilização e é encontrada ainda hoje onde
há dificuldade de moeda circulante.
Podemos citar
ribeirinhos da região amazônica, ou até mesmo grupos que por livre vontade
decidiram optar pelo escambo. Um grupo produz mel, o outro produz tubérculos, a
troca é feita sem uma preocupação de equivalência o que conta é que um grupo
precisa mel, o outro precisa tubérculos e a troca abastece as necessidades de
ambos.
As mercadorias trocadas
na antiguidade no sistema de escambo eram todas em estado natural, visto não se
conhecer até essa época a industrialização.
Como, muitas vezes,
não havia como trocar uma mercadoria por outra, visto que quem tinha não queria
a troca por também já ter esse bem, começou ocorrer os questionamentos quanto a
medida de valor. A sua mercadoria vale tanto quanto a minha? e vive versa.
Algumas mercadorias,
por sua utilidade, passaram ser mais procuradas dos que outras. Para equilibrar
essa força de poder, criou-se a Moeda-Mercadoria.
Eram mercadoria de
uso diário, e necessária, para o sustento dos membros do grupo.
Aceita por todos,
assumiu o papel de moeda, circulando em todos os meios.
Cabeça de gado
O gado,
principalmente o bovino, foi um dos mais utilizados como moeda-mercadoria.
Apresentava a
vantagem da locomoção própria, reprodução e prestação de serviços, embora
corressem o risco de ficarem doentes e ter como resultado sua morte.
O sal
O sal foi outra
moeda-mercadoria de difícil obtenção, principalmente no interior dos
continentes.
Era muito utilizado
na conservação dos alimentos
Tanto o gado quanto
o sal tiveram tanta influência como moeda de troca que até hoje empregamos
palavras como pecúnia (dinheiro) e pecúlio (dinheiro acumulado), ambas
derivadas da palavra latina pecus (gado).
A palavra capital (patrimônio) vem do latim capita (cabeça “de gado”).
Sal para pagar serviços prestados
Da mesma forma a
palavra salário (remuneração em dinheiro para pagamentos de serviços prestados)
tem como origem a utilização do sal, em Roma, para pagamento de serviços dos
trabalhadores.
No Brasil, entre
outras, circularam o cauri – trazido pelo escravo africano –, o
pau-brasil, o açúcar, o cacau, o tabaco e o pano, trocado no Maranhão, no
século XVII, devido à quase inexistência de numerário, sendo comercializado sob
a forma de novelos, meadas e tecidos.
Os Cauris, como eram
chamados, começaram a ser usados como moeda por volta do século 11 a.C e, até o
século 19, continuavam sendo empregadas em transações em algumas regiões da
África. A sua abundância na região ajuda a explicar porque a concha acabou
sendo usada por um longo período da história.
Cauri
Com o passar do
tempo, as mercadorias se tornaram inconvenientes às transações comerciais,
devido à oscilação de seu valor, pelo fato de não serem fracionáveis e por
serem facilmente perecíveis, não permitindo o acúmulo de riquezas.
O Metal
Quando o homem descobriu
o metal, começou a substituir seus utensílios de pedra e madeira por esse
material.
O metal
comercializado dessa forma exigia aferição de peso e avaliação de seu grau de
pureza a cada troca.
Mais tarde, ganhou
forma definida e peso determinado, recebendo marca indicativa de valor.
Também passou a
apontar o responsável por sua emissão. Essa medida agilizou as transações,
dispensando a pesagem e permitindo a imediata identificação da quantidade de
metal oferecida para troca.
Os utensílios de
metal passaram a ser mercadorias muito apreciadas.
Como sua produção
exigia, além do domínio das técnicas de fundição, o conhecimento dos locais
onde o metal poderia ser encontrado, essa tarefa, naturalmente, não estava ao
alcance de todos.
os primeiros objetos
usados como moedas eram facas de metal chaves, arcos, etc.
A valorização, cada
vez maior, desses instrumentos levou à sua utilização como moeda e ao
aparecimento de réplicas de objetos metálicos, em pequenas dimensões, que
circulavam como dinheiro.
Muitas moedas tinham
como simbolismo figura de um rosto humano, de um animal, até mesmo de um cereal .
Continua: A Origem
do Dinheiro II
Por Aparecida Coslop em 30/04/2019
- Numismática
- Wikipédia
- Mundo Educação
- Casa da moeda
- Dri Trivelato
- Wikipédia
- Mundo Educação
- Casa da moeda
- Dri Trivelato
A Origem do Dinheiro I
Reviewed by ELIO SILVA
on
4/30/2019
Rating:
Nenhum comentário: