O Pobre e o Rico
Dias desses recebi por
empréstimo do *Dr. Pedro Bassan, o livro O Mestre dos Mestres, da coleção
Análise da inteligência de Cristo, do autor Augusto Cury.
Sem querer fazer
propaganda do livro ou qualquer análise literária, mesmo porque não tenho
capacidade para isso, mas o livro é um daqueles que a gente começa a ler e não
tem vontade de parar; a leitura é fácil e o assunto também é fascinante.
Para que o amigo leitor
possa refletir, transcrevo um pequeno trecho que achei interessante:
“Muitos investem boa
parte de sua energia física e psicológica em aplicar seu dinheiro nas bolsas de
valores, em adquirir bens materiais, em ter um carro do último tipo, em
adquirir um bom plano de previdência”.
A segurança financeira é
legítima, mas é totalmente insuficiente para satisfazer as necessidades mais
íntimas do homem, para dar sentido à sua existência, enriquecer seu prazer de
viver e amadurecer sua personalidade.
Tratei de diversas
pessoas com transtornos depressivos que eram financeiramente ricas, mas que
tinham perdido o encanto pela vida. Várias comentaram que sentiam inveja de
pessoas simples, pois embora não tivessem cultura nem suporte financeiro, elas
sorriam diante dos pequenos eventos da vida.
Lembro-me de um grande
empresário agroindustrial que me disse que alguns dos seus empregados
cortadores de cana eram mais ricos que ele, pois, mesmo diante da miséria
material, conseguiam cantar e se alegrar enquanto trabalhavam.
De fato, há miseráveis
que moram em palácios e ricos que moram em favelas...
Não estou fazendo uma
apologia á miséria, pelo contrário, a miséria em todos os sentidos deveria ser
extirpada da sociedade, mas quero dizer que a psique humana é tão complexa que
desobedece às regras da matemática financeira.
A matemática emocional tem, felizmente, princípios que ultrapassam os limites da matemática lógica, a financeira. Ter não é ser. Quem tem dez casas não tem dez vezes mais prazer
pela vida ou dez vezes mais segurança emocional do que quem tem um casebre.
Quem tem 1 milhão de dólares não é 1 milhão de vezes mais alegre do que quem
tem alguns míseros trocados.
É possível ter muito
financeiramente e ser emocionalmente triste, infeliz. É possível ter riquezas
materiais e baixa capacidade de contemplação do belo.
A matemática emocional
pode inverter os princípios da matemática financeira, principalmente se alguém
aprender a investir em sabedoria.
O processo da construção
da inteligência é um espetáculo tão sofisticado que possui atos inesperados em
cenas imprevisíveis ao longo da vida.
Todos comentam sobre a
miséria física porque é perceptível aos olhos, mas raramente se comenta sobre a
miséria emocional, que abate o ânimo e restringe o prazer da existência. A
temporalidade da vida é muito curta. Num instante somos jovens e em outro
velhos.
As crianças gostam de
fazer aniversário. Quando chega a maturidade, queremos parar o tempo, mas ele
não para.
A brevidade da vida
deveria nos fazer procurar a sabedoria e dar um sentido mais rico para a
existência, caso contrário, o tédio e a angústia serão parceiros íntimos de
nossa trajetória”.
O autor do livro, Augusto
Cury, é psiquiatra, psicoterapeuta, escritor e cientista. É um pensador da
Psicologia.
Quase todos nós
conhecemos pessoas como as descritas pelo autor, algumas cheias de dinheiro,
mas estão sempre de mal com a vida, são infelizes e não sabem aproveitar o
dinheiro que tem. Outras humildes, mas com uma alegria de viver de fazer
inveja. Só para citar dois exemplos: o Anízio eletricista e o Carlão do limão.
Pessoas humildes mas de alto astral, jamais desanimam, por mais dolorosa que
pareça a jornada, não se deixam abater pelo desânimo.
A diferença entre
felicidade e desgraça, acerto ou desacerto, harmonia ou caos, depende da livre
escolha que fizermos em nosso mundo íntimo.
Por J. Barbosa em 27/10/2005
Nota:
- J. Barbosa é Profissional do Rádio Na Cidade de Tupã-SP
- Fotografia: Internet
- In Memorian - Dr. Pedro Mudrey Bassan Advogado e Jornalista (★1944 - † 2019).
- Texto cedido pela autor
- Fotografia: Internet
- In Memorian - Dr. Pedro Mudrey Bassan Advogado e Jornalista (★1944 - † 2019).
- Texto cedido pela autor
O Pobre e o Rico
Reviewed by ELIO SILVA
on
4/28/2019
Rating:
Nenhum comentário: